Tendência de desvalorização assombra Bitcoins.
A China, que já havia proibido o câmbio de bitcoins, agora decidiu que contas bancárias usadas por empresas que operam a moeda terão suas contas bancárias congeladas a partir do dia 15 de abril. A informação foi divulgada pelas empresas FXBTC e BTC38, duas casas de câmbio chinesas, em comunicados publicados nesta semana.
Após esse anuncio o valor da moeda começou a cair rapidamente desesperando usuários do mundo todo.
Outras casas de câmbio do país ainda operam normalmente, algumas delas usando serviços de pagamento terceirizados que atualmente burlam a regulamentação do banco central da China.
A partir do dia 15 de abril, no entanto, qualquer empresa que negocia o câmbio de bitcoins por yuans (moeda chinesa) corre o risco de ter sua conta congelada, perdendo qualquer dinheiro depositado.
As restrições ao bitcoin na China começaram em dezembro de 2013, quando agências reguladoras do país chegaram ao entendimento de que o bitcoin não é uma moeda por não ser emitida por nenhuma autoridade monetária. O objetivo da regulamentação é "proteger os interesses de propriedade do público, a posição do yuan, tomar precauções contra o risco de lavagem de dinheiro e manter a estabilidade financeira".
Ainda é possível adquirir produtos e serviços no país usando bitcoins, mas não é possível trocá-los pela moeda local.
Os bitcoins na China ainda circulam com valor de US$ 409, cerca de US$ 40 a menos que em outras casas de câmbio no mundo. No Brasil, a moeda está cotada a R$ 1.160 (US$ 508).
Paralelamente a estes eventos, o interesse em Bitcoins também vem caindo, independente das turbulências recentes. Esperava-se que com a enorme queda no valor da moeda, as pessoas ficassem curiosas e começassem a pesquisar sobre o assunto.
Mas segundo dados do Google Trends, as buscas pelo termo “Bitcoin” vêm caindo e estão abaixo do que eram no fim de fevereiro, quando a moeda valia cerca de US$ 600. Além disso, a reputação da moeda está ruim e a poeira não está baixando.
Acontecimentos recentes como o caso do Banco Central chinês e também os eventos ocorridos no final de fevereiro só serviram para sujar mais a imagem da moeda, que para piorar, não vem chamando a atenção do grande público.
A Islândia é o país que aparece no topo da lista de lugares onde o número de buscas pela moeda virtual ainda está alto. Lá, minerar Bitcoins é uma verdadeira indústria graças ao ambiente frio e às fontes de energia geotérmicas. Desta forma, é possível manter máquinas resfriadas e minerando a moeda virtual com custos mais baixos do que em outras partes do mundo.